Perecível ao tempo

Archive for junho 2013

Nada que precise ser relatado ao psicólogo, nem choramingado para a mãe, apenas um pequeno drama cotidiano. O montinho de arroz que não se mantém no hashi tempo suficiente para fazer a comida chegar até a boca; a mecha de cabelo que insiste em fugir do lugar, buscando se refugiar sobre o olho; a porta automática que automaticamente barra a sua entrada… as pequenas irritações do dia a dia estão no it’s no biggie. Pequenezas em forma de gifs animados. Além das infelicidades, a alegria singela ao brincar em um trampolim ou fazer um anjo na neve.

 

 

 

 

 

Não sou fanática por futebol, aliás, não assisto jogo nem durante partida da Seleção brasileira na Copa do Mundo. Com as últimas manifestações, vi muita gente criticando o Mundial, querendo que o mega evento de 2014 seja cancelado. Pra mim, tudo isso é bobagem. Agora, em 2013, as pessoas vão querer cancelar um evento que está sendo organizado desde 2009, quando foi divulgada a escolha da FIFA de que o Brasil seria o país sede? Depois do investimento de bilhões de reais, tanto da iniciativa pública quanto privada?

Acho bobagem querer brigar para que a Copa não aconteça, afinal os bilhões que seriam desviados, provavelmente já foram; os elefantes brancos que deveriam ser construídos já estão de pé. Então, ao menos que o Brasil possa receber os estrangeiros e ter o retorno financeiro esperado e prometido desde 2003, quando foi feita a candidatura do país para sediar o evento.

Claro que não dá pra deixar barato as irregularidades cometidas duranta as obras da Copa, por isso devemos cobrar a apuração das denúncias (e foram tantas, desde expulsão de moradores à superfaturamento) e o cumprimento da lei, assim que elas forem confirmadas. Devemos também (especialmente os cariocas) ficar de olho no comitê organizador dos Jogos Olímpicos de 2016, a serem realizados no Rio de Janeiro, e na administração pública, cobrando transparência nos gastos desde já.

E se existem motivos para não querermos outros mega eventos, devemos sinalizar agora para os governos essa vontade. Ao invés de pedir o cancelamento de algo que está prestes a ser realizado, devemos unir forças para evitar a candidatura das cidades e do país como sede de eventos futuros. Na semana passada, enquanto cartazes contra a Copa do Mundo de 2014 eram levantados em todo o Brasil, o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin estavam em Paris defendendo a candidatura de São Paulo para sediar a Expo 2020, terceiro maior evento mundial. Melhor gritar agora: fora Expo 2020, do que esperar 2019 chegar.

 

 

 

Secretamente, crio uma grande expectativa toda vez que entro em um ônibus ou um auditório. Sempre acho que no meio do percurso, ou do espetáculo, alguém pode subir na poltrona e começar a cantar, enquanto ensaia um bailado. Pouco a pouco os demais se levantam e somam vozes, até chegar no refrão, ponto máximo da cantoria e da alegria dos presentes. Às vezes, melhor dos mundos, sou eu quem levanta do nada e começa a murmurar uma canção.

Talvez eu tenha assistido propagandas da Coca Cola demais, mas antes de saber que era possível combinar esse tipo de coisa com as pessoas, sonhava com algo espontâneo e com cara de Sessão da Tarde.

Se um dia o sonho se concretizar, acho que vai tocar Color Esperanza, do Diego Torres. A música começa lenta e vai ganhando um ritmo mais agitado, tem um refrão que cola e é super otimista, ou seja, tem todos os ingredientes de trilha de Sessão da Tarde.

 

P.s.: Desconfie das pessoas que estiverem assistindo um flash mob e não estiverem filmando. Provavelmente elas serão as próximas a começar a cantar/dançar.

 

 

Chego tarde para comentar o assunto mais discutido das últimas duas semanas. São tantas informações e emoções sobre os acontecimentos que é difícil formular grandes considerações. Mas, lendo matérias e relatos das manifestações que ocorreram em todo o Brasil hoje, fico impressionada com a violência reinante em todos os lugares. Mas dessa vez, não é a violência da polícia que me impressiona, e sim de parte dos que protestam. Não, também não me refiro ao vândalos, saqueadores, pitboys que estão presentes lá. Minha indignação é com aqueles mesmos que gritam “sem violência”, mas que não permitem bandeiras e/ou símbolos de partidos e de movimentos sociais. Com aqueles que hostilizam repórteres e representantes da imprensa.

Tenho a impressão que essa parte da massa ainda não entendeu o que é democracia, e ainda assim afirma estar lutando por ela.

 

 

 

Esperei meses pra que você lembrasse de dar um oi ou desejar bom dia. Isso não aconteceu. Te vi não rua, você não me viu. Não tive respostas para as perguntas que fiz. Mais de seis meses depois você sonha comigo, e o pior, acha que devo saber sobre isso. Não pergunte como estou e nem conte sobre o seu sonho, você me ignorou por tanto tempo, mas ainda sou capaz de querer te responder. E falar que senti saudades.

[Quando chegar a hora de partir, apenas saia andando calmamente e não faça confusão]

Banksy, Guerra e Spray – p 79

 

 

Eita, história que não acaba!

Baila!

Se for só isso

 

 

 

 

 


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