Perecível ao tempo

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Sei que a guerra contra os hipsters já foi declarada há muito tempo, mas acho que só agora me dei conta do estrago que esse pessoal de bigode ralo e tocas de lã em dias de verão causou. É tanta gente com roupas e hábitos excêntricos, que tenho achado uma dádiva ser uma pessoa tão normal. De tanto ver combinações “exóticas” em roupas, tenho usado mais que nunca camisetas lisas e calças jeans. De tanto ver pessoas “descoladas” cometendo “loucuras” e postando tudo no instagram/facebook/twitter, tenho achado cada vez mais divertido ficar em casa assistindo filmes.

 

 

Vejo um amigo que usa óculos, barba e gosta de HQ e acho engraçado que uma pessoa como ele, tão despreocupado com modinhas, possa ser o ídolo das tantas pessoas “alternativas” que vejo por aí. Mas talvez o mais engraçado seja que tantas pessoas usando combinações esdrúxulas e “originais” acabe formando uma massa homogênea, formada por bigodes, chapéus Fedora, estampas de estrelas, bolas, listras, camisetas com decotes V e um ar de cópia barata.

Talvez fosse melhor se as pessoas que não sabem tocar mais do que três notas parassem de formar bandas ou que as que não tem problemas de visão deixassem de usar ridículos aros enormes. Afinal, qual é o problema de alguém ser ela mesma, sem tentar parecer um “descolado” músico/fotógrafo de uma banda desconhecida que está passando pela puberdade e não quer raspar a penugem que cresce sobre os lábios?

 

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Numa das definições que li, dizia que o hipster era uma mistura da roupa que o avô usava, com os acessórios do filho perdido da Lady Gaga e do Snoop Dogg. Uma definição mais precisa que essa, improvável…

 

 

 

 

 

“Um misterioso assassinato em Manhattan” (Manhattan Murder Mystery, 1993) é o típico filme de Woody Allen. Ele encarna o ranzinza e confuso Larry, há personagens paranoicos e Diane Keaton atua magnificamente (ela é a 2ª atriz que mais contracenou nos filmes de Allen, a primeira é Mia Farrow). Uma morte se soma à trama, e a suspeita de assassinato é a responsável pelas divertidas cenas de investigação que o casal protagoniza. Além disso, há Nova York como pano de fundo, emprestando seus parques e restaurantes como locação.

A história encanta pela simplicidade e pelo mistério sobre o como e o porquê do assassinato. A parceria de anos, que já apareceu nas telas em outros sete filmes, funciona bem. Não há como não querer “fazer parte” do casal (ex, na vida real) Keaton-Allen.

Mas além das atuações e da trama perspicaz, o que chama a atenção neste filme são os figurinos usados por Diane. Nada que já não estejamos acostumados. A protagonista continua se vestindo de homem. E Keaton faz isso como ninguém, então, quando ela aparece em cena, é bom sempre ficar de olho!

O estilo totalmente masculino no vestir de Keaton ficou famoso em 1977, no filme “Noivo neurótico, noiva nervosa” (Annie Hall, 1977), onde a atriz aparece diversas vezes de camisa, calça social, colete e gravata (!).

A atriz é referência quando o assunto é moda feminina “masculinizada”. E ainda hoje ela aparece em eventos com modelitos desse estilo:

Enfim, o filme vale pelo texto de Allen, pelas ótimas atuações e pelas referências de moda. Hora de esquentar a pipoca!

Acreditar no ideal de paz e amor já não é requisito necessário para ser o hippie do próximo verão. A moda é cíclica por natureza, e na próxima estação iremos reviver os anos 70. “Tie-dye“, estampas florais, franjas, couro, headband. Tudo misturado resultando num visual “despojado”.

Estamos acostumados a ver as tendências do passado invadirem passarelas e ruas. Mas de tudo isso, o que acho mais curioso é como existem pessoas que simplesmente consomem moda. Aceitam o que manequins em vitrines ditam.

A socialite, a executiva e a dona de casa vão tirar os saiões e batas das araras e vesti-las. Vão viver com uma headband na cabeça durante a temporada Verão 2012, para no final dela voltarem a usar suas calças com camisetas brancas…

Moda é uma forma de expressão, por isso não vire refém da mesma!

Entender a História das artes, da moda, do cinema ou do mundo em geral não é tarefa simples. Muito fatos interessantes, muitas datas importantes…

Por isso, resumos são sempre bem-vindos. Ainda mais se ensinarem de forma divertida.

Encontrei dois resumos que valem a pena! Esse aqui embaixo é sobre alguns artistas e seus respectivos movimentos artísticos. Impossível não reconhecer as obras-referência de cada desenho…

Outro bom resumo é esse vídeo aqui embaixo. Ele mostra a evolução da moda de uma maneira bem bacana.

Feito pelo shopping londrino Westfield Stratford City, o vídeo relaciona a evolução da moda através das décadas com os ritmos musicais que marcaram cada época.

Moda, música, dança e atitude num lugar só!

 

(e ainda tem gente que acha que moda é uma coisa fútil… olhe bem se a atitude, a dança e a música não tem tudo a ver com a roupa que os dançarinos estão usando…) 


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